quinta-feira, 3 de maio de 2007

Evo Morales ensina

Presidente da Bolívia nacionaliza a riqueza do país

> Muitos podem achar que eu sou maluco, mas apoio as medidas governamentais de Evo Morales. Uns dizem: Que absurdo, ele vai correr com a Petrobrás da Bolívia, oferecendo bananas aos brasileiros. Sim. E faz isso para o bem de sua nação. > O Brasil sofre colonização comercial desde a sua existência. A história já sabemos de cor. Primeiro vieram os portugueses, devastando florestas, usurpando riquezas, exterminando os índios. Até aí tudo igual ao que aconteceu na América espanhola. Depois de um grito de “Independência ou Morte”, dito a meio tom, proclamamos nossa independência da Coroa portuguesa, para responder nosso direito de existir no mapa, ao mercantilismo inglês. No século XXI, o mundo trocou de dono e referenciamos com floreios aos EUA, mas a diferença é que tudo isso legalizado pelo liberalismo econômico. > Vou citar mais um exemplo para colorir a história. Existiu certa feita na América Latina, uma nação que ergueu barreiras em seus rios, tabelou os preços dos produtos de importações com taxas de impostos que não acabassem com a sua economia interna, valorizou o produto interno, e, consequentemente, construiu o primeiro país auto-sustentável do irrisório mundo novo. Daí surgiu um Sir descontente e financiou países vizinhos a este rebelde, que não baixou a crista, a proclamarem uma guerra que não lhes interessava. Agora daremos nomes aos bois, para quem ainda não descobriu: A nação auto-suficiente era o Paraguay, com “Y” mesmo, que foi massacrado por Brasil, Argentina e Uruguai, sob a doutrina dos Ingleses. Resultado, o Paraguai, agora com “I”, sofre dupla exploração. Exploração primária dos países em eterno desenvolvimento da América Latina leia-se, Brasil e Argentina, e consequentemente dos exploradores deste, leia-se, grandes multinacionais européias e estado-unidenses. > O Brasil teve seu precioso solo mineral quase esgotado pelos portugueses, além de grande parte de sua riqueza vegetal. A montanha de Potosí na Bolívia, um colosso recheado de prata, custou ao país a escravidão de seus nativos, que trabalhavam até 19 horas por dia, e viviam aproximadamente até os 24 anos, segundo registros históricos. Percebemos que a história dos países é parecida, não fosse hoje o Brasil explorar o subsolo boliviano. > O que Morales faz por seu país é urrar pelo que é seu por direto. Talvez não seja da melhor forma, mas com certeza é com a melhor das intenções para seu povo. As empresas de petróleo como a Schell e a Standard Oil deviam ter sido escorraçadas do solo de língua latina assim que puseram suas primeiras garras sobre nós. > A mensagem que quero passar é que se morasse na Bolívia estaria orgulhoso de meu presidente. Ao contrário do ressentimento que tive do nosso, na venda da nossa maior mineradora brasileira ao capital estrangeiro, cito a Vale do Rio Doce. Evo, pelo menos ainda, não traiu suas convicções de homem do povo.

terça-feira, 1 de maio de 2007

Dispensado Adriano Gabiru

Tinha que sair, mas não precisava ser chutado
> Junto de Michel, e outros jogadores que deviam mesmo ter sido dispensados, o autor do gol mais importante do clube foi mandado embora. Apesar de saber que no Inter ele não conseguiu apresentar todo o futebol que já jogou um dia, entenda-se no Atlético PR, por se tratar de um jogador conhecido do futebol nacional e de bom mercado, acredito que o Inter deveria ter dado outro tratamento ao atleta. Pois se tivesse mantido junto ao grupo de jogadores principais e sua saída posterior fosse sigilosa, com certeza o clube valorizaria aquele que um dia fez seu distintivo ganhar uma estrela maior que as outras, além de não estar rasgando dinheiro próprio. > Michel sempre achei um jogador útil. Calma, para compor grupo. Jogou mal porque sempre foi mal escalado. Já jogou de lateral, volante, meia, atacante, menos de ponteiro esquero, sua real posição. Se fosse Gallo, aí vale o trocadilho, manteria Michel no grupo.

Nada de novo no front

Bush veta retirada das tropas americanas do Iraque

> Confirmando a tendência, o presidente estado-unidense* George W. Bush, não homologou a lei encaminhada pelo Senado do país, solicitando que fosse agendada uma data para a retirada das tropas americanas no Iraque. > Bush diz que marcar uma data para a desocupação, ocupação é a palavra educada para invasão, seria proporcionar o caos ao Iraque. Caos ao Iraque. Só posso estar ficando surdo. Existe algum caos maior para o Iraque do que os feitos dos Estados Unidos da América. Acredito que Bush se arrependeu desta frase logo após pronunciá-la, pois é inconcebível essa desculpa. Bush que arrume outra desculpa. > Ele poderia dizer que a indústria bélica estado-unidense investiu muito e ainda não obteve todo o lucro esperado; ou que é da cultura dos EUA promover a guerra, conquistar a força, tomar para si e a desculpa a gente vê depois; ou que como polícia mundial e nação superior, não poderia deixar que o tirano Saddam Hussein cometer suas atrocidades matinais. *O termo estado-unidense, é, segundo minha visão, o apropriado para se referir aos EUA. Americanos, somos todos nós nascidos no novo continente. Norte americanos abrange além dos EUA, o México e o Canadá. E, por fim, Yankees é um termo mais adequado aos pobre índios dizimados pelo expansivismo rumo ao Old West.

segunda-feira, 30 de abril de 2007

O Último Rei da Escócia – Excepcional

Forest Witaker mereceu o Oscar. Prepare-se para ficar arrepiado. Não só com a atuação de Whitaker, mas também com as crueldades do presidente Idi Amin. Assim como Val Kilmer em The Doors, Jamie Foxx em Ray Charles, o ator não apenas encenou a personagem, mas foi o próprio Amin. Gillian Anderson também ganhou o Oscar de melhor atriz coadjuvante interpretando Sarah Merrit. > A história desenrola-se através de um jovem médico escocês, que quer fazer algo pelo mundo, e decide aplicar em Luanda seus conhecimentos acadêmicos. Lá, além de conhecer muitas mulheres, torna-se braço direito do presidente Idi Amin, e evidência de perto toda a loucura daquele homem. > Um filme imperdível. A ambientação, e a atuação de James McAvoy, como médico Nicolas Garrigan, também são excelentes.

domingo, 29 de abril de 2007

Tem que ser Gallo

Vestiário colorado vai ser reformulado
> A diretoria do Inter através do seu vice de futebol, Giovanni Luigi, apostou na contratação do técnico Alexandre Gallo para comandar a equipe no segundo semestre do ano. Com 39 anos e um currículo bom para quem estreou há apenas três como treinador. Teve uma passagem de bom nível pelo Santos, treinou no Japão, e por último foi campeão pernambucano pelo Sport Recife, em uma bela campanha, além de umas babas interioranas do Brasil. > A questão que fica não é a competência de Gallo, mas se ele, como técnico emergente, seria o ideal para assumir o atual campeão do mundo, ainda mais em estado de crise. A diretoria do Inter, também teve esta dúvida, tanto que chegou a cogitar Geninho do Goiás, que só não veio por três motivos: ganha mais que o Abel (R$ 200 mil), só vem se trouxer toda a sua comissão técnica, e só depois das finais do campeonato goiano. > Segundo Clemer, que jogou com Gallo na Portuguesa, e a impressa pernambucana, ele é um líder de pulso firme, alguns dizem que até demais. > Bem, talvez seja isso que o Inter esteja precisando para melhorar, um comando diferente no vestiário. Fico curioso para saber como ficará o grupo após as dispensas e contratações. Jornais dão como certa as saídas de Michel, Gabiru, Mossoró, Ceará e Edinho. Esses dois últimos por negócios de conveniência. Por enquanto, sabe-se que acertadamente, o Inter quer investir o 1 milhão de Dollares, preço exigido pelo Boca Juniors, em Vargas. > Particularmente achei acertada a contratação de Alexandre Gallo, mas demais o contrato de dois anos. É ver para crer.

Espetacular a final do gauchão

Grêmio vence por 3x3 o primeiro jogo
> O técnico do Grêmio Mano Menezes fez bem ao escalar os titulares na primeira partida da decisão do Gaúchão 2007. O time dominou amplamente o primeiro tempo e mostrou muita qualidade na marcação avançada, no rodízio de posicionamento dos jogadores polivalentes que tem no meio campo. Ao contrário fez Ivo Wotrmann, técnico do Juventude, que, ao respeitar demais a equipe da capital, escalou apenas um atacante, o que deixou o time muito recuado. > Ivo, vendo a escalação errada, mexeu bem no intervalo. Tirou o atordoado lateral direto Michel, que foi envolvido pelas passagens de Carlos Eduardo e Lúcio, este último que vem numa crescente, e rebatendo as críticas mostra ter sim qualidade de vestir a camisa 6 do Grêmio, e colocou um atacante, puxando o meio Radamés para ala. O Ju que estava perdendo por 2x1 reagiu e virou o placar. > O Grêmio tinha substituídos os incendiários da esquerda, Carlos Eduardo cansado pediu para sair e só isso justifica sua substituição, e Lúcio que sentiu uma fisgada, deram lugar a Ramón e Bruno Teles respectivamente. Também havia entrado Everton no lugar de Tcheco, e dele saiu o passe para Bruno que centrou rasteiro para Tuta fazer o que mais sabe, empurrar para as redes. > Os dois primeiros gols do Grêmio foram marcados pelo destaque do jogo Carlos Eduardo. Os gols do Ju foram de Wescley, Cristiano e da Silva. Inclusive os dois últimos foram muitos parecidos: Chutes cruzados da direita para a esquerda de longa distancia e batendo na trave antes de entrar. O time da serra ainda teve um gol de William mal anulado pelo árbitro Vinícius Costa, que ainda expulsou corretamente Patrício e Juliano, que se engalfinharam na lateral. > Com certeza quem ganhou com essa belíssima partida, de variações técnicas e muitos lances de gol foi o torcedor. Nem parecia jogo do futenol gaúcho. Agora pelo saldo qualificado o Grêmio joga pelo empate até 2 a 2, a repetição do resultado leva aos pênaltis. Ao Juventude só resta vencer, ou empatar pelo improvável placar de 4 a 4, ou mais.

Notas

Ps.: Daremos notas somente aos jogadores da dupla gre-nal e seleção brasileira. Saja – 5, tomou gols de longe, falhou no gol anulado, e fez uma defesa boa. Patrício – 5, perdeu um gol, teve muitos lances nas suas costas e foi expulso. William – 7, forte na zaga, melhorou jogando pelo lado direito. Teco – 5, falhou no primeiro gol. Lúcio – 7,5, boas passagens pela lateral, usou a linha de fundo e arriscou a gol. Edmílson – 7, Substituiu bem a Nunes e mostrou ter melhor saída de jogo. Sandro – 7, marcou muito, teve bons passes. Tcheco – 8, excelente passes e o lançamento para o segundo gol. Diego – 7,5, flutuou por diversas funções do meio campo, foi efetivo no ataque. Carlos Eduardo – 9, o craque do jogo, deixou a zaga do Ju em pânico. Tuta – 7, lançamento do primeiro gol, fez o gol do empate também, mas perdeu um feito. Bruno Teles – 7, entrou bem e deu o passe do terceiro gol. Ramón – 6, pouco fez no jogo. Everton – 6 movimentou-se bem. Vinícius Costa (Árbitro) – 7, prejudicou a boa atuação pelo gol mas anulado.

Rocky VI – Vale a pena

Balboa sessentão mantêm a linha
> Não podíamos esperar um filme diferente do que foi realizado. Um filme, que seguindo os seus antecessores, trabalha o boxe com base num enredo social. Nele estão expostos a aflições e os desejos que cercam o homem em sua vida e sua carreira. > Rocky já aposentado há anos enfrenta virtualmente o campeão mundial dos pesos pesados em uma simulação de vídeo game. O que meche com o brio dos dois pugilistas, que pensam se vale a pena se enfrentar. Um campeão sem prestígio, que poderia ser ridicularizado em caso de derrota, e um ex-campeão que precisa recuperar o seu próprio prestígio, sob a pena de ser massacrado no ringue. > Rocky VI tem as mesmas qualidades e defeitos dos outros filmes da série, diálogos fracos e alguns clichês revival. Quem é fã vai gostar muito, e quem não é poderá ver um filme interessante. Stallone ainda surpreende pela forma física.

Yeda x Feijó

Declaroções do vice incendeiam relação
> É incrível o constrangimento que o vice-governador do Estado, o Sr. Paulo Feijó, causa a atual gestão e principalmente a governadora Yeda Crusius. Não bastasse a tijolada que levou da oposição na tentativa de reajuste dos impostos, agora os problemas estão dormindo na mesma cama da governadora. Primeiro foi o desentendimento com o ex-secretário de segurança Enio Bacci, que bateu de frente com Yeda ao mostrar seus dentes, e acorda daquela vez arrebentou pro lado mais fraco. Só que dessa vez está mais difícil. Não há recurso legal que subsidie a cúpula do governo de Yeda a excluir o vice-governador da gestão, como fez com Bacci. > Semana passada Feijó discursou dizendo que quando assumir o Estado interinamente demitirá toda a diretoria do Banrisul, que foi no início do ano nomeada por Yeda. > O Estado abriu investigações de algumas acusações que Feijó realizou em sua fala, mas percebe-se que mais que apurar as denuncias o que pretendesse é desmentir Feijó. > Yeda está pagando o preço de se coligar com Deus e o Diabo a fim de ganhar forças nas eleições. Acima de qualquer coisa o objetivo da composição da chapa era eleitoreiro e não filosófico, o que ficou comprovado nestes nem findos quatro meses de gestão. Agora Yeda foi obrigada segurar o rojão, pois será que ela não ficará com medo quando o avião estiver decolando e Feijó assentando-se no gabinete principal do Palácio Piratini? Se Feijó for realmente o homem de palavra que diz ser, e manter a posição quanto à diretoria do Banrisul, Yeda estará sitiada no RS, terá que fazer um governo provinciano. E quando houver uma reunião em Brasília não podendo viajar, mandará Feijó em seu lugar? > Yeda ao assumir o Estado abriu um sorriso aos mostrar seus pulsos firmes, mas nisso passou um correligionário seu por trás e sussurrou em seu ouvido: - Governadora. A Sra. está com um “Feijó” no dente.