quarta-feira, 11 de julho de 2007

Priva-se o cidadão pela segurança

Após lei seca, o toque de recolher

> Após a morte de uma jovem, que transitava à rua, durante um assalto a descarga de um carro forte, especula-se criação de horários para execução das cargas e descargas de valores. > Já estou vendo as pessoas com medo a sair de casa após determinado horário, porque é hora de carro forte na rua, aumentando o risco de pasar por um ato de violência. Tudo bem, reduzir-se-ão os números de incidentes com os que não tem nada a ver com o roubo, mas estaria sendo imposto um toque de recolher as pessoas. > Por absoluta falta de competência das autoridades coordenadoras da segurança pública já foi criada a “lei seca” em Porto Alegre. Isto por não conseguirem controlar os índices de criminalidade envolvendo o álcool, e da mesma maneira teremos que sair direto do trabalho para casa, sem direito a Happy hour, pois, se as noites da capital já eram perigosas, ficarão ainda mais.□

Com as calças em la mano

Apesar das dificuldades Brasil é finalista

Esta Copa América só veio a comprovar a baixa qualidade técnica dos times sul-americanos. O Brasil chega a final, mas mais pela infinita Highway de ruindades que teve pela frente do que pelo seu próprio futebol. Mesmo assim, ontem, conseguiu se complicar contra o fraco time uruguaio. Hoje, pelo monos, teremos o melhor jogo da competição, independente dos que chegarem à final, pois Argentina e México são os times de melhor qualidade técnica da competição. > Doni foi o nome do jogo. Fez uma boa defesa num chute de Furlan, mas se levasse o goal seria culpa sua, pois de tão adiantado, que é como ele joga sempre, estava fora da pequena área. Após foi ao inferno ao falhar na saída de bola no primeiro goal, e subiu aos céus ao se atirar aos pés de Lugano no último penalti Uruguaio, sob o consentimento do árbitro Óscar Pilatos Ruiz, que apenas lavou as mãos, assim como fez na final da libertadores. > Os goals brasileiros foram um de Julio Batista, que evoluiu seu futebol, mas não é meia de armação, e jogador de pegar junto e se apresentar na sobra do ataque; outro de Maicon. E os uruguaios de Furlan, que avisei ser perigoso, e loco Abreu, isso mesmo, você não está louco, o ressurgido loco Abreu. Abreu teve uma passagem ruim pelo Grêmio, mas é bom jogador. Saiu do tricolor para ser goleador do campeonato mexicano. Na decisão por pênaltis pudemos entender a origem do seu adequado apelido. > O Brasil chegou e pode ser campeão, o que, impatrioticamente, acredito ser uma injustiça, pois a bola amarelinha está bem pequena. O adversário deverá ser a Argentina, pois o México, além de inferior aos portenhos, está sem o seu principal jogador Castillo. E digo que o Brasil pode ser campeão, porque sempre que enfrenta a Argentina não existe favorito, e a zaga da Argentina é tão desequilibrada quanto a brasileira, o goleiro Pato Abondansieri e o zagueiro Heinze, tão maus quanto Doni e Alex. Agora se o México passar, o que não faz da decisão um clássico, acho que quem leva o caneco são eles.□

segunda-feira, 9 de julho de 2007

As sete novas maravilhas do mundo

Uma maravilha de eleição interativa

> Ontem em Lisboa foi realizada a apuração da maior eleição já existente no planeta. Mais de 100 milhões de pessoas votaram pela internet, para eleger as novas maravilhas do mundo. Para mim a voz do povo foi a voz de Deus, e os monumentos mais merecedores do título foram os escolhidos. > As novas maravilhas são: A Grande Muralha da China, a única obra construída pelo homem que pode ser avistada da lua; a antiga cidade Asteca de Chichén Itzá no México, um templo de excepcional arquitetura, construído antes do descobrimento da América, e posteriormente devastado por Fernão Cortez; A Cidade de Petra na Jôrdania, um templo todo esculpido no interior de uma montanha; o mausoléu do Taj Mahal na Índia, que além da beleza estética, possui um significado relacionado ao maior sentimento humano; o Coliseu em Roma, que é o símbolo do poder de uma dinastia que dominou o mundo na antigüidade; As ruínas Maias de Machu Picchu no Peru, que são tão interessantes quanto Chichén Itzá; e por fim, o Cristo Redentor no Rio de Janeiro. > Particularmente não vejo o Cristo como uma maravilha. Acho que ele é uma excepcional atração turística, e que é um belíssimo monumento, mas falta a ele um pouco de história para se equiparar aos outros. > Entre ele e os derrotados Torre Eiffel e Estátua da Liberdade, não vejo distinção nenhuma. Todos são pertencentes a este século e não tem nenhum significado de expressão cultural ou artístico suficiente para ser enquadrado como uma das maravilhas. Mas se é para escolher entre um deles fico com o Cristo, pois a Estátua da Liberdade apesar de ser o símbolo de uma cultura, sem entrar no mérito de suas qualidades, é muito feia. A torre Eiffel é imponente, mais que o Cristo, mas é vazia de conteúdo simbólico. Então, na soma dos prós e dos contras, fico com o Cristo, e por ser brasileiro, acredito ter sido benéfico para o país sua escolha. > O Egito se sente injustiçado por não ter mais uma das pirâmides de Gizé no rol, mas ficaria algo esquisito existir várias maravilhas uma ao lado da outra, acho que uma já valoriza bastante o conjunto. Teríamos uma velha maravilha, e a outra nova, sendo que foram erguidas com um curto espaço de tempo entre elas. > A Unesco pulou fora do barco antes da eleição, com a explicação que o evento estava sendo muito midiático. Mas se o interesse é divulgar e promover uma conscientização histórica e de preservação, existe algum caminho melhor que a mídia?

domingo, 8 de julho de 2007

Copa América esquenta

Tradição e qualidade em campo.

> Os quatro times de maior tradição da competição passaram as semi-finais, e fazem com que a fase fique imperdível para os amantes de futebol. Não só a tradição constitui os atrativos, mas a forma com que as seleções atropelaram seus adversários. Uruguai 4x1 nas renovada Venezuela. Brasil 6x1 no bêbado Chile. México 6x0 no até então bom Paraguai. Argentina 4x0 no morto Peru. > A Argentina desponta em qualidade. A volta de Riquielme, agora da Juventus de Turim, fez o time ficar muito mais inteligente, e que com a presença de Messi, muito mais rápido. Aliás, juntos construíram um golaço hoje. A mescla de experiência e juventude faz com que a equipe saiba equilibrar entre cadência e velocidade, precaução e agressividade. Ficaria melhor ainda se o treinador escalasse Tevez. Outra volta triunfal é a Verón, que continua sendo um jogadorasso. > O México já pudemos sentir na pele sua capacidade. Sim, há de se levar em consideração a estréia cambaleante brasileira. Mas, eles que não queiram fazer a mescla da Argentina, porque o pesado Blanco está bem longe dos craques argentinos. O ponto forte é o ataque, muito rápido e perigoso, com Castillo e Cacho. > A Celeste Olímpica Uruguaia parece estar querendo voltar a figurar num segundo grupo sul-americano, após anos de briga pela repescagem para as Copas do Mundo. A defesa é tradicionalmente cisplatina, quebrando tudo que aparecer pela frente, com uma postura de três zagueiros liderados pelo impiedoso Lugano. Tem também o bom goleiro Carini. No ataque o sperigo é Diego Forlan, jogador Atlético madrilenho. > E o Brasil, parece ter encontrado seu caminho. Há de se pesar a fragilidade do time chileno, que fez uma concentração um tanto embaraçosa no hotel, envolvendo bebidas, mulheres e brigas, e que jogou com um time misto, em punição aos festeiros. Entretanto, não participo das idéias táticas de Dunga, pois acredito que um time necessite de pelo menos um jogador de criação. Sei que deu certo, mas como disse, foi contra o Chile. Vejo hoje um Gilberto apagado, ficando escondido entre os outros dois volantes que se sobrepõem na função, que se me lembro bem, Josué e Mineiro faziam primeiro e segundo no São Paulo, e não segundo e terceiro. E o Júlio Batista não é quarto homem de meio campo! > O Uruguai será um time difícil, mas acredito que o Brasil deve passar. Agora, se quiser ser campeão, terá que alterar a zaga. Talvez a solução seja à entrada de Naldo no lugar de Alex, para enfrentar o vencedor de México e Argentina, que é um jogo imprevisível. Ө

foto: www.sport.ard.de