sábado, 26 de maio de 2007

Pena de morte

Polêmica que divide a sociedade

(imagem: www.tv.globo.com)

> O desembargador Barbosa Leal disse essa semana que é favorável a pena de morte para crimes hediondos e de corrupção, também se declarou favorável a maioridade penal aos 14 anos. A opinião do desembargador é muito importante, até por não ser apenas um membro da sociedade, mas presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (TJ/RS). > Essa questão é muito polêmica e gera muitas controvérsias. Uns saem pelos direitos humanos, outros pela extinção da criminalidade através da Tolerância Zero, programa implantado em Nova York pelo então prefeito Rudolph Giuliani, que fez despencar os índices de criminalidade. > Não consigo firmar um posição concreta sobre esse assunto. Entendo que um homem não tem o direito de ceifar a vida de outro, mas também me coloco no lugar dos familiares das vítimas. > No momento que a sociedade imputa a pena de morte está cometendo o mesmo crime do assassino. O que tinha que ocorrer no Brasil era a criação de leis mais severas, como prisão perpétua, bem como a devida aplicação pelo poder judiciário. Poder esse que corre cabeça à cabeça com o legislativo pelo título de pior, ainda mais agora, após do episódio do juiz Nicolalau, a série de denuncias de uso do poder por alguns juizes na máfia do jogo do bingo. Lembramos o caso do juiz paraense que quando assumiu uma cadeira titular ordenou a soltura de uma série de presos em um fim de semana, incluindo perigosos. Um delegado federal apareceu na tv quase chorando, dizendo, que para alguns traficantes colombianos presos, além de milhares de Reais foram gastos dois anos em investigações para a captura. O pior de tudo é que o juiz, caso seja condenado, terá como pena a aposentadoria com o salário integral. Isso não é pena é férias. Uma pena dessas eu quero para mim. Daí vem o magistrado defender a pena de morte em um país que tem esse modelo de justiça. > A pena de morte para corrupção é interessante, mas acho que a pior morte para o ganancioso seria a imputação financeira. Após devolver tudo o que desviou, com multas, o corrupto deveria prestar serviços públicos gratuitos, leia-se pintar cordão, carpir grama, varrer calçada, tudo isso em troca de comida e moradia em um albergue. Acho que o primeiro passo contra a corrupção deve vir de dentro da entidade, judiciário e legislativo, retirando esses benefícios de luxúria e ridículos para um país com tanta miséria como é o Brasil. > A maioridade penal a partir do 16 é um passo a frente para a sociedade. Muitos malfeitores usam-se da legislação enquanto podem cometer qualquer crime, ou há menores usados por adultos enquanto a lei os protege. Mas, não vamos cometer o mesmo disparate dos EUA, condenando um bebê por ser cúmplice de sua mãe que assaltou uma loja com ele no colo.Ө

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